O Cartório de Crimes Ambientais fez um resgate emocionante, nessa sexta-feira, como definiu a policial civil e presidente do Núcleo Bageense de Proteção aos Animais, Patrícia Coradini. O animal resgatado foi um gato Maracajá. Posteriormente, o bichinho foi devolvido para a natureza.

Patrícia publicou, em suas redes sociais, junto a algumas fotos do momento, que o trabalho na Polícia Civil tem proporcionado momentos emocionantes e recompensadores como esse. À reportagem, ela detalhou que o animal selvagem, que estava bem arisco, foi encontrado dentro do pátio da empresa Puro Grão.

Ela afirmou que foi bem difícil fazer a captura, justamente porque o gato Maracajá é bem arisco. "Ele parece o gato do mato, mas não é. Estava em cima de uma árvore dentro do pátio da empresa Puro Grão. Daí o pessoal pediu ajuda para retirar ele dali, porque havia cães na volta", contextualizou.

Patrícia acrescentou que ela e sua colega Eliane Hidalgo passaram bastante trabalho. "A gente demorou quase uma hora para conseguir retirar ele, porque ele fugiu para dentro do pátio e ele corre bastante. Mas conseguimos", comentou. Depois de verificar se o animalzinho estava machucado e confirmar que não, foi o momento de fazer a soltura em um lugar seguro.

O gato Maracajá foi solto em um lugar onde não havia pessoas e com acesso a água. O Ibama solicitou ajuda do cartório e prestou as informações sobre o tipo de animal e outras orientações para que a empreitada fosse bem sucedida. Há até vídeo do momento da soltura.

O bichinho
Segundo a National Geographic, o gato Maracajá tem olhos e patas grandes e uma cauda longa. Tal felino vive da costa mexicana até Argentina e Uruguai, e é encontrado em quase todo o Brasil. O habitat preferido dele são matas densas, e prefere caçar sozinho, à noite, andando na galhada de árvores.

Dependendo da disponibilidade de alimentos, pode andar em um território de um quilômetro quadrado até 20 quilômetros quadrados. Uma curiosidade: a gestação desse tipo de felino dura pouco mais de 80 dias e as fêmeas têm apenas um filhote de cada vez. A população, no país, é pequena: a estimativa é que existam entre 4,7 mil e 20 mil indivíduos na natureza, com tendência de queda.